Este é um saco que fiz em 97 ou 98 (lembro-me que na Expo já o tinha).
A ganga é um dos tecidos com que mais gosto de trabalhar, mas o que me dá mais gozo é ver o percurso que cada pedacinho de tecido faz antes de chegar às minhas carteiras.
Por exemplo, as estrelas mais claras eram de umas calças do meu irmão enquanto a base, ou o saco propriamente dito, eram de umas calças que passaram a ser saia, e os raios de sol pretos eram de umas calças que me deixaram de servir.
Um pormenor deste saco é ter sido todo cosido mão: na altura dizia - ignorância a minha! - que era muito mais rápido do que coser à máquina!
Apesar de eu e a química nunca nos termos dado bem (o choque da existência de átomos e moléculas foi muito grande e ainda me estou a refazer dele!), há uma lei pela qual eu me rejo e que diz:
"Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma" (Lei de Lavoisier)